domingo, 3 de outubro de 2010

Melancolia.

«Guarda, 30 de Setembro de 2010.
Por Catarina Giulia Lutz Silva.

São 5 da manhã e não consigo adormecer. Penso em ti, nos poucos momentos que estivemos juntos.
Recordo a tua voz, os teus olhos, o teu sorriso, os teus braços. Anseio por um abraço, um beijo, a tua mão na minha... Desejo o impossível. Acho que comecei a amar-te pouco a pouco. Comecei a amar o teu sorriso traquina quando estas para dizer asneira, comecei a amar o teu olhar divertido quando me atrapalho. A tua cara séria quando me ouves.

Quero tanto.
Quero ler mais. Quero escrever contigo. Quero ler-me na tua vida.

Recosto-me na almofada fecho os olhos e vejo o teu sorriso, o teu olhar penetrante que parece ler todos os meus segredos, mas não tenho medo que os leias, eu conto-te tudo. Não me percebo. Tu tiras tudo de mim.
Lembro-me do teu abraço que me amparou.
Mas perdi o som da tua voz, perdi o teu cheiro.
Tenho saudades de ti. Eu não devia, eu sei, mas não consigo evitar. Não me sais da cabeça.
Nunca me senti assim. Nunca pensei que me pudesse sentir assim. Amar-te só porque sim.
Infelizmente existe um mas. Tem de existir sempre um "mas" nas coisas quase perfeitas.

Ela já existe.
Invejo-a, não sei se ela será a mulher da tua vida e se vais ser feliz com ela, se ela vai ser a tal... Mesmo que sejas feliz com ela, às vezes desejo que tudo acabe, para que repares em mim. Para notares que eu existo. Eu sei, é egoísmo da minha parte, mas sou humana, tenho direito a ser ciumenta e egoísta em pensamento.
Nunca ninguém vai saber, por isso não estou a fazer mal a ninguém.

Talvez mais tarde eu te conte tudo. Ou talvez mais cedo do que penso. Eu não consigo esconder nada de ti.

Vou-me deitar. E sonhar. Sim nos sonhos existe nós, e tu amas-me, e sorrimos juntos para a vida. Nos sonhos eu adormeço no teu abraço, e acordo com o teu beijo madrugador.»

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