terça-feira, 1 de maio de 2012

Nove horas.

Eram nove horas. Hora de pôr a pequena a dormir.
De pequena nunca teve muito e verdade. Rechonchudinha e Senhora de quase um metro com apenas 4 anos.
Mas era pequena. Pequenina.
A hora da deita era a mais díficil. Tinha medo de adormecer.
Tinha medo de perder tempo a dormir. Não gostava da sesta. Odiava.
Não queria dormir à noite. Chorava baixinho até decidir saltar da cama e correr até à cozinha onde ainda estava a mãe com a luz acesa. Tinha medo.
"Medo de quê?" Perguntava-lhe muitas vezes a mãe.
"Não sei...". Talvez do escuro. "Quero o pai".
"O pai está a olhar por ti lá do Céu".
"E não pode vir cá abaixo? Quero o meu pai..."
Pequena. Pequenina. Frágil.
Como uma joaninha.

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