Ficção.

Não sei o que quero da vida. Mas isso não me aflige muito. Para viver bem de vez em quando tenho de bater com a cabeça na parede, até perceber por mim que tem um pórtico no lado para passar sem ter que usar de violência.

Reparei em ti nem sei bem porquê.

Mas tu não sabes de nada.

As minhas amigas todas me dizem que até nem és nada de especial.

Mas estou-me nas tintas. Gosto-te.

Engraçado que estou para bater com a cabeça outra vez.

Mas prefiro viver e sentir, que passar sem sentir nada.

Até agora tem sido tudo simples.

Eu gosto da tua companhia.

Falamos sobre tanta coisa.

Gosto quando me abraças fortemente.

Gosto quando sorris.

Gosto quando me pegas no braço e roubas mais um beijo antes de eu sair.

Antes de partir a cabeça.

Antes de eu sair para sempre

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