Achei por bem um título em inglês à maneira de Hollywood, para descrever o pormenor e perfeição de um romance de anime japonesa.
Eu demasiado tímida para algum dia admitir coisa alguma, ele com intenção de me conquistar.
Chama-me Joaninha quando se queria chegar perto ou quer brincadeira, Joana utiliza num tom sério e penetrante.
Frequentemente adormeci eu na sala, e acordava a altas horas da noite com vozes embriagadas a chegarem a casa de uma noite regada. Para que não me fizessem levantar e partilhar da sua alegria ébria deixava-me estar quietinha. Um dia ouvi a voz dele em direcção ao meu sofá mantive a respiração do sono, senti-o aproximar-se (mantive a respiração calma) e senti um beijo na testa...
Um dia decidi ser Joana, não sei quando nem porquê. Levei-o a sério.
Fomos tomar café, depois do almoço num belo dia de sol. Não nos demorá-mos muito pois tinha de apanhar o autocarro para o estágio.
Acompanhou-me até a paragem, e esperou comigo sentado na beira de um muro.
Quando o autocarro chegou, agradeci a paciência e companhia e despedi-me com dois beijinhos.
Estava a entrar para o autocarro quando ouço: Joana espera...
Ao virar-me recebi um beijo, molhado, longo... sem uma explicação dele sem jeito meu...
Como frequentávamos os mesmos sítios e tínhamos amigos em comum, encontrávamo-nos várias vezes, continuámos a cumprimentávamo-nos como amigos que sempre fomos.
Até que um dia numa festa ele volta a chamar-me Joana, agarrou-me pela mão e disse para o seguir.
Não que pudesse fazer outra coisa pois rapidamente me arrastou para o hall de entrada.
Encurralada entre ele e a parede não tinha muito por onde fugir.
Não me lembro bem das palavras que disse, obrigou-me a prometer que iria com ele ao cinema. E pediu-me um beijo.
Não tive tempo para aceder ao pedido. Imobolizada pelos braços que não imaginava tão fortes contra a parede fria e imponente, roubou-me o beijo.
Afrouxei a pressão que fazia pra me soltar e aproveitei o beijo roubado.
Pensamentos a mil à hora.
Continuaram os cafés, as saídas.
Até que decidi que não lhe podia fazer o que estava a fazer. Naquele momento existia outra pessoa.
Eu estava tão confusa.
Mas falsas esperanças doem pra carago, antes de a coisa avançar e tornar-se séria. Saí. Sem esclarecer bem pois não o quis magoar.
Ele era perfeito. Ele era romântico e doce no entanto impulsivo e forte.
Perdi a minha chance. Sei bem.
Não me arrependo.
A vida incerta que sempre levei entre estágios e o facto de acabar o curso e o mais certo era um emprego em parte incerta e longínqua não satisfazia o meu desejo de relação.
Ele foi o homem certo no momento errado.
Conversas de praia...
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